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Minicursos
22 e 23 de Outubro de 2019

de 8h às 9h50

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MINICURSO 1

 

BOM SENSO, RADICALISMO E LIBERALISMO NA ERA DAS REVOLUÇÕES DEMOCRÁTICAS

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Responsável: Profº Dr. Daniel Gomes de Carvalho - HIS/UnB e Profª. Drª. Pilar Ponce Leiva
Local: 
Auditório 1 do Instituto de Biologia (IBD) 

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Este curso terá como fundamento o conceito de Era das Revoluções Democráticas, proposto em 1959 por R. R. Palmer em diálogo com as noções de igualdade e democracia de A. Tocqueville. O conceito é francamente distinto das concepções que autores clássicos, como Eric Hobsbawm ou Hannah Arendt, apresentaram no período. Tal visão, à época repudiada tanto por conservadores (que negavam à Revolução Americana o epíteto de “revolucionária”) quanto por marxistas (que por sua vez negavam o epíteto de “democrática”), é hoje retomada, ainda que com modificações, por diversos historiadores (D. Armitage, C. A. Bayly, Mark Philp).

Partindo dessa conceituação, e tomando as Revoluções Norte-Americana (1776) e Francesa (1789) como paradigmas, trabalharemos três ideias que perpassam a construção da democracia contemporânea.

Em primeiro lugar, a noção de Bom Senso, hoje trabalhada por Sophia Rosenfeld, entendida como um inescapável (embora pouco debatido e quase sempre inconsciente) pressuposto das sociedades democráticas. Estudaremos a noção de Bom Senso a partir do panfleto fundamental de Thomas Paine, obra-prima da Revolução de 1776.

Em segundo lugar, o Iluminismo Radical, hoje pensado por Jonathan Israel como alternativa –fértil em heranças – às propostas jacobinas e moderadas. Estudaremos o Iluminismo Radical principalmente em sua faceta religiosa, a partir do radical deísta e vitalista Elihu Palmer.

Finalmente, o Liberalismo; nesse caso, embora a palavra Liberalismo tenha sido forjada nos debates que envolveram a herança da Constituição Gaditana na década de 1820, é inegável que os elementos que constituem esse campo de ideias estão presentes século XVII inglês, na ilustração e nas Revoluções da França e das Treze Colônias. Nesse sentido, apresentaremos um importante intelectual brasileiro, José Guilherme Merquior, e discutiremos alguns capítulos do clássico de John Stuart Mill.

Finalmente, cabe lembrar que os três conceitos (Bom Sendo, Radicalismo e Liberalismo) constituem tão somente instrumentos de análise para a história das ideias, de modo que, na realidade dos textos de época, eles frequentemente se confundem e se entrecruzam.

Para cumprir esse itinerário, faremos dois encontros, divididos em dois momentos: nos primeiros 60 minutos, farei uma exposição dos principais conceitos e ideias em questão; nos 50 minutos finais, faremos uma discussão sobre o texto-documento da aula. Os textos para a discussão representam leitura obrigatória para o andamento do curso; as sugestões de livros para aprofundar o debate constituem em guias essenciais para os estudantes sentirem-se norteados caso queiram continuar a investigação no pós-aula.

 

 

  • 1º Encontro: Iluminismo Radical, Bom Senso, Deísmo e Era das Revoluções

 

Leitura obrigatória para discussão (texto de 1776): PAINE, Thomas. O Senso Comum. Porto Alegre: L&P, 2009 (texto integral). O texto também pode ser encontrado em: http://www.constitution.org/tp/comsense.htm

 

Sugestão de livros para aprofundar o debate:

ROSENFELD, Sophia. Common Sense: A Political History. Cambridge: Harvard University Press, 2011.

ISRAEL, Jonathan, The Expanding Blaze: How the American Revolution Ignited the World, 1775-1848. Princeton: Princeton University Press, 2017.

 

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  • 2º Encontro: Liberalismo e Era das Revoluções

 

Leitura obrigatória para discussão (texto de 1861): MILL, Stuart. Considerações Sobre o Governo Representativo. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 1981. Capítulos 1 ao 8. O texto também pode ser encontrado em: https://www.constitution.org/jsm/rep_gov.htm

 

Sugestão de livro para aprofundar o debate: MERQUIOR, José Guilherme. O Liberalismo Antigo e Moderno. São Paulo: É Realizações, 2011.

 

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BIBLIOGRAFIA:

ARAÚJO, Cícero Romão Resende. A Forma da República. São Paulo: Martins Fontes, 2013.

ARENDT, Hannah. Da Revolução. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1988.

ARMITAGE, David. Declaração de Independência: uma história global. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

ARMITAGE, David; SUBRAHMANYAN, Sanjay (Eds.). The Age of Revolutions in Global Context, c. 1760-1840. Basingstoke: Palgrave Macmillan, 2010.

BAILYN, Bernard. As origens ideológicas da Revolução Americana. São Paulo: EDUSC, 2003.

BARLOW, Joel. Advice to the Privileged Orders in the Several States of Europe. Nova Iorque: Cornell University Press, 1956.

BAYLY, C. A. The Birth of the Modern World, 1780–1914: Global Connections and Comparisons. Malden: Wiley-Blackwell, 2004.

CANTOR, Milton. Joel Barlow: Lawyer and Legal Philosopher. Baltimore: American Quarterly, vol. 10, n. 2, parte 1, 1958, pp. 165-174.

CARVALHO, Daniel Gomes de; FLORENZANO, Modesto. A (Des)Fortuna de Thomas Paine. Revista Tempo – Revista de História da UFF, 2019.

CLAEYS, Gregory. Thomas Paine: Social and political thought. Boston: Unwin Hyman, 1989.

D'ELIA, Donald J. Dr. Benjamin Rush and the American Medical Revolution. Proceedings of the American Philosophical Society, vol. 110, n. 4, ago. 1966, pp. 227-234.

_____. Benjamin Rush and the Negro. Journal of the History of Ideas, vol. 30, n. 3, jul.-set. 1969, pp. 413-422.

_____. Benjamin Rush: Philosopher of the American Revolution. Memoirs of the American Philosophical Society. Vol. 64, Part 5, 1974.

DORFMAN, Joseph. Joel Barlow: Trafficker in Trade and Letters. Political Science Quarterly, Nova Iorque, vol. 59, n. 1, Mar. 1944, pp. 83-100.

FISCHER, Kirsten. ‘Religion Governed by Terror’: A Deist Critique of Fearful Christianity in the Early American Republic. Revue Française d’Études Américaines, n. 125, 2010, pp. 13–26;

_____. Cosmic Kinship: John Stewart’s ‘Sensate Matter’ in the Early Republic. Common-Place, vol. 15, n. 3, 2015. Disponível em: <http://www.common-place-archives.org/vol-15/no-03/fischer/#.VwJj4_krK01> . Acesso em: 23 de fevereiro de 2019.

FISCHER, Kirsten. Elihu Palmer's Radical Religion in the Early Republic. The William and Mary Quarterly, vol. 73, n. 3, jul. 2016, pp. 501-530. Disponível em: <http://www.jstor.org/stable/10.5309/willmaryquar.73.3.0501> . Acesso em: 23 de fevereiro de 2019.

FONER, Philip. The Complete Writings of Thomas Paine. Nova Iorque: The Citadel Press, 1945, vol. 2.

GREENE, Jack P. Pursuit of Happiness: The Social Development of Early Modern British Colonies and the Formation of American Culture. Chapel Hill: University North Carolina Press, 1988.

HAWKE, David Freeman. Benjamin Rush: Revolutionary Gadfly. Indianapolis: Bobbs-Merrill, 1971.

_____. Paine. Nova Iorque: Harper & Row, 1974.

HIMELFARB, Gertrude. Os Caminhos para a Modernidade: Os Iluminismos Britânico, Francês e Americano. São Paulo: É Realizações, 2011.

HOBSBAWM, Eric J. A Era das Revoluções: Europa 1789-1848. 25ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2009.

ISRAEL, Jonathan. A Revolução das Luzes: O Iluminismo Radical e as origens intelectuais da Democracia Moderna. São Paulo: Edipro, 2013.

_____. The Expanding Blaze: How the American Revolution Ignited the World, 1775-1848. Princeton: Princeton University Press, 2017.

JONES, Colin; WAHRMAN, Dror (Eds.). The Age of Cultural Revolutions: Britain

KATES, Gary. From liberalism to radicalism: Tom Paine’s Rights of Man. Journal of the History of Ideas, Filadélfia, vol. 50, n. 4, out.-dez., 1989, pp. 569-587.

KRAMNICK, Isaac. Religion and Radicalism: English Political Theory in the Age of Revolution. Political Theory, v. 4, nov. 1977.

LEVIN, Yuval. O Grande Debate: Edmund Burke, Thomas Paine e o Nascimento da Esquerda e da Direita. Tradução de Alessandra Bonrruquer. Rio de Janeiro: Record, 1ª edição, 2017.

LOCKE, John. Dois Tradados sobre o Governo. Tradução de Júlio Fisher. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

MACPHERSON, Crawford Brough. A democracia liberal. Rio de Janeiro: Zahar, 1977.

_____. A teoria política do individualismo possessivo: de Hobbes até Locke. São Paulo: Paz e Terra, 1979.

MAY, H. F. The Enlightment in America. Nova Iorque: Oxford University Press, 1976.

MEYER, D. H. The Democratic Enlightment. Nova Iorque: G. P. Putnam’s Sons, 1976.

MILL, Stuart. Considerações Sobre o Governo Representativo. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 1981.

MILLER, Victor Clyde Miller. Joel Barlow: Revolutionist. London, 1791-92 (Hamburg, 1922).

NASH, G. B. The Unknown American Revolution: The Unruly Birth of Democracy and the Struggle to Create America. Nova Iorque: Viking Penguin, 2005.

OZOUF, M; FURET, F. (Eds.). The Transformation of Political Culture 1789-1848.  Oxford: Pergamon, 1989, vol. 3.

PAINE, Thomas. Justiça Agrária. Jundiaí: Editora Paco, 2019.

PALMER, Elihu. Principles of Nature; or, A Development of the Moral Causes of Happiness and Misery among the Human Species. Filadélfia: World Union of Deists, 2016.

PALMER, R. R. The Age of Democratic Revolution. Princeton: Princeton University Press, 2014.

_____. The World of the French Revolution. Nova Iorque: Harper Torchbooks, 1972.

PHILP, Mark. Paine. 1ª ed. Oxford: Oxford University Press, 1989.

ROSENFELD, Sophia. Benjamin Rush’s Common Sense. Early American Studies: An Interdisciplinary Journal, Filadélfia, vol. 15, n. 2, pp. 252-273, 2017.

_____. Common Sense: A Political History. Cambridge: Harvard University Press, 2011.

RUSH, Benjamin. An Address to The Inhabitants of the British Colonies in America, Upon Slave-Keeping. Columbia: Cornell University Library Digital Collections, 2019

________.. An Inquiry Into the Influence of Physical Causes Upon The Moral Faculty. Kessinger Legacy Reprints, 2019.

SHER, Richard B.; SMITTEN, Jeffrey R. (Eds.). Scotland and America in the Age of Enlightenment. Princeton: Princeton University Press, 1990.

SMITH, S. J. Benjamin Rush's Philosophy of Education: A Revolutionary ProposalAgo. 2018. Disponível em: <https://works.bepress.com/samuel_smith/97/>. Acesso em: 23 de fevereiro de 2019.

TOCQUEVILLE, Alexis de. A democracia na América. Belo Horizonte: Itatiaia/Edusp, 1977.

VENTURI, Franco. Utopia e Reforma no Iluminismo. São Paulo: Edusc, 2003.

VINCENT, Bernard. Thomas Paine: o revolucionário da liberdade. São Paulo: Paz e Terra, 1989.

WALTERS, Kerry S. The American Deists: Voices of Reason and Dissent in the Early Republic. Kansas: Lawrence, 1992.

WOOD, Gordon S. Radicalism of the American Revolution. Nova Iorque: Vintage Books, 1991. 

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MINICURSO 2

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MODERNIZAÇÃO, CRISE E REFUGIADOS NA GRÉCIA MODERNA

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Responsável: Profº Yannis Papadopoulos, Profº Visitante, Departamento de Serviço Social - PPG Política
Local: Auditório 4 do Instituto de Biologia (IBD) 

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O minicurso vai apresentar uma visão geral da história da Grécia durante o século XX e início do   século XXI.  O estado grego independente foi criado após a Revolução de 1821, que confrontou não apenas gregos e otomanos, mas também forças tradicionais e liberais dentro do campo revolucionário. Durante o primeiro século de sua existência, a Grécia foi moldada por duas prioridades: extensão territorial e modernização.

O século XX foi marcado por uma série de crises políticas, econômicas e sociais que criaram profundas divisões no corpo político.  A falida e a crise financeira no final do século 19 resultaram na primeira onda de migração massiva para os EUA e, após a guerra greco-turca (1919-1922), a Grécia recebeu mais de um milhão de refugiados.  No momento em que o país começou a se recuperar eclodiu a Segunda Guerra Mundial.  A ocupação nazista traumática foi seguida pela Guerra Civil.  O terceiro quartel do século XX foi definido por uma segunda onda de migração massiva, os esforços de industrialização sob a tutela dos EUA e a perseguição da esquerda que culminou na ditadura de 1967-1974.  Somente depois de 1974, a Grécia parecia entrar numa era de normalização e prosperidade.  A participação na Comunidade Européia foi saudada como um símbolo da modernização alcançada.  Este processo foi interrompido durante a recente crise econômica (2008-18), que pareceu distanciar de novo a periferia mediterrânea do centro europeu.  Durante o curso, tentaremos decifrar a complexidade do período, estudando o exemplo grego no contexto mais amplo da integração europeia e da globalização.

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BIBLIOGRAFIA:

Maria Petmesidou, Elias Mossialos, Social Policy Developments in Greece, London, Ashhgate, 2006.

Richard Clogg, A concise history of Greece, Cambridge, Cambridge University Press, 2013.

John S. Koliopoulos, Thanos M. Veremis, Modern Greece: A History since 1821, London, Willey, 2009.

James K. Galbraith, Welcome to the Poisoned Chalice: The Destruction of Greece and the Future of Europe, Yale University Press, 2016.

Yanis Varoufakis, And the Weak Suffer What They Must?: Europe, Austerity and the Threat to Global Stability, London, Random House, 2016.

Ryan Gingeras, Sorrowful Shores: Violence, Ethnicity, and the End of the Ottoman Empire 1912-1923: Violence, Ethnicity, and the End of the Ottoman Empire 1912-1923, Oxford, Oxford University Press, 2009.

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MINICURSO 3

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UNIVERSIDADE EM PERSPECTIVA E O TRABALHO FILOSÓFICO: DO DEBATE"POR QUÊ FILÓSOFO?  CRISE DO MODELO HUMBOLDTIANO DE UNIVERSIDADE

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Responsável:  Profº Dr. Gilberto Tedeia (Departamento de Filosofia /Programa de Pós Graduação em Filosofia/UnB )

Local: Auditório Cassiano Nunes - BCE

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O curso se divide em duas partes. A primeira explicita algumas das teses desenvolvidas na mesa “Por que filósofo?”, pela visibilidade que traz à área na configuração do sistema das ciências em meio à reconfiguração do papel público do intelectual em meados dos anos 70 no Brasil. A segunda parte recupera, em linhas gerais, a formação do sistema universitário internacional, tendo como ponto de partida o modelo humboldtiano de universidade e a ideia de formação apta a pensar, de modo hoje nomeado “interdisciplinar”, os problemas e demandas postas pelo pensamento, passando pela diretriz universitária de qualificar o especialista em uma dada área ou assunto, para desaguar, já há décadas atrás, na demanda social por titulação que nem forma nem especializa, sob o paradigma de que o mercado é que selecionará os mais aptos. A pergunta que organiza o curso é: qual é o lugar da filosofia na universidade e no processo de formação voltada para o enfrentamento dos desafios postos pelos tempos em que vivemos?

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BIBLIOGRAFIA:

ADORNO, Theodor W. Educação e emancipação, 2.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.

ARANTES, Paulo et li (orgs.) A filosofia e seu ensino. São Paulo: Educ, 1993.

ARANTES, Paulo, ARANTES, Otília Beatriz Fiori. “Providências de um crítico literário na periferia  

do capitalismo”, in: Sentido da Formação: três estudos sobre Antônio Candido, Gilda de Mello de Souza e Lúcio Costa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.

ARANTES, Paulo. Um departamento francês de ultramar. São Paulo: Paz e Terra, 1994.

CANDIDO, Antônio. “Depoimento sobre Clima”, in: Discurso, 8, p.183-193, 1978.

CANDIDO, Antônio. “Sobre o trabalho intelectual” – entrevista concedida à Revista Transformação, 1, p.9-23, 1974.

CHAUI, Marilena. “A Universidade Operacional”. Folha de S.Paulo, 09.maio.1999.

CHAUI, Marilena. “Universidade em liquidação”. Folha de S.Paulo, 11.julho.1999.

CHAUI, Marilena. Escritos sobre a universidade. São Paulo: Unesp, 2001.

FABRINI, Ricardo. “O ensino de filosofia: a leitura e o acontecimento”. In: Trans/Form/Ação, 28(1), p.7-27, 2006.

GAGNEBIN, Jeanne Marie. O método desviante: algumas teses impertinentes sobre o que não fazer num curso de filosofia, in: https://uspcaf.files.wordpress.com/2011/06/gagnebin-j-m-o-mc3a9todo-desviante.pdf, acesso em 21 de julho de 2016.

GOLDSHIMDT, Victor. “Tempo histórico e tempo lógico na interpretação dos sistemas filosóficos”, in: A religião de Platão. São Paulo: Difel, p.139-147, 1963.

KANT, Immanuel. “Resposta à pergunta: o que é esclarecimento?” [tra. V. Figueiredo], in: ARCAL, Jairo (org.). Antologia de textos de filosóficos. Curitiba: Secretaria de Estado da Educação do Paraná, p.406-15, 2009.

LEOPOLDO E SILVA, Franklin. “A experiência universitária entre dois liberalismos”, in: Tempo Social, 11(1), p.1-47, 1999.

LEOPOLDO E SILVA, Franklin. “A perda da experiência da formação na universidade contemporânea”, in: Tempo Social, 13(1), p.27-37, 2001.

LEOPOLDO E SILVA, Franklin. “Universidade: a idéia e a história”, in: Revista do IEA, 20 (56) jan.-abr.2006, [https://uspcaf.files.wordpress.com/2011/06/silva-f-l-universidade-a-ideia-e-a-histc3b3ria.pdf, acesso em 21 de julho de 2016].

MACEDO JÚNIOR, Ronaldo Porto (coord.). Curso de filosofia política: do nascimento da filosofia a Kant. São Paulo: Atlas, p.13-41, 2008.

MAUGÜÉ, Jean. “O ensino de filosofia: suas diretrizes”, in: Revista Brasileira de Filosofia, V(20), p.642-9, out.-dez.1955.

MORA, José Ferrater. Dicionário de filosofia. São Paulo: Loyola. 2000.

MOURA, Carlos Alberto Ribeiro de. “História stultitiae e história sapientiae”, in: Revista Discurso, 17, p.151-71, 1988.

PORCHAT, Oswaldo. “Prefácio”, in: A religião de Platão. São Paulo: Difusão Européia do Livro, p.5-10, 1963.

PRADO JÚNIOR, Bento. “Profissão: Filósofo”, in: Cadernos PUC, 1, São Paulo: Cortez, p.15-32, 1980.

PRADO JÚNIOR, Bento; PORCHAT, Oswaldo; FERRAZ, Tércio Sampaio. A Filosofia e a Visão Comum do Mundo. São Paulo: Brasiliense, 1981.

SCHOPENHAUER, A. Sobre a filosofia universitária. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

TORRES, João Carlos Brun, José Arthur GIANNOTTI, Gérard LEBRUN, Rubens Rodrigues TORRES FILHO (“O dia da caça”), José Henrique dos SANTOS (“Filosofia e crítica da ciência), Bento PRADO JÚNIOR (“Os limites da Aufklärung”), in “Por que filósofo”?, in: Estudos Cebrap, São Paulo, 15, p.133-173, jan.-mar.1976.

VERNANT, J.-P. As Origens Do Pensamento Grego. 9ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996.

VIEIRA NETO, Paulo. “O que é análise de texto”, in: FIGUEIREDO, V. (org.) Seis filósofos na sala de aula. São Paulo: Berlendis & Vertecchia, p.13-19, 2006.

VOLTAIRE. Verbetes “Filosofia” e “Filósofo”, in: Dicionário Filosófico [tra. Cioro Mioranza e Antonio Geraldo da Silva]. São Paulo: Scala, p.262-270, 2008.

WAIZBORT, Leopoldo. “Formação, especialização, diplomação: da universidade à instituição de ensino superior”, in: Tempo Social, 27(2), p.45-74, 2015.

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MINICURSO 4

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PEDAGOGIA E LIBERDADE. INTRODUÇÃO AO PENSAMENTO PEDAGÓGICO DIALÉTICO

 

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Responsável: Profº Dr. Rocco Lacorte (Departamento de Filosofia /Programa de Pós Graduação em Filosofia/UnB )

Local: Auditório da Faculdade de Comunicação - FAC

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Introdução ao pensamento de Antonio Gramsci, Lev Vigotsky e Paulo Freire, no que se refere à Educação e à Pedagogia, aspectos do seu ideário, imersos na conjuntura em que foram gerados. Relacionando elaboração teórica e conjuntura sócio-histórica, singularidades e identidades entre as três leituras de mundo e sua complementariedade.

Propor e explicar o modo dialético de análise dos principais conceitos norteadores da Pedagogia e da Educação que foram elaboradas pelos pensadores abordados, ele será inserido no contexto histórico em que os autores viveram e produziram sua obra.

A partir das inovações introduzidas pela “filosofia da práxis”, identificar algumas das principais contribuições do pensamento gramsciano para o campo da Educação, em geral e no Brasil, com a perspectiva emancipatória que o caracteriza como pensamento crítico e propositivo. Procurando examinar a concepção de educação popular; a questão da importância da educação de adultos, populações rurais e marginalizadas, a relação entre produção, industrialização e o desenvolvimento cultural e a  formação da força de trabalho; a relação “pedagógica” no interior do Estado-nação e entre Estados-nações; portanto, a relação entre Estado e Sociedade Civil e entre sociedade, hegemonia e geopolítica. Enfrentar as perguntas: O que é educação popular? O que é Educação estatal? Educação estatal é “educação popular”? (entre outros).

 

 

BIBLIOGRAFIA:

BRANDÃO, Carlos R. Educação popular. São Paulo: Brasiliense, 1982.

CHAUÍ, Marilena. Cultura e democracia: o discurso competente e outras falas. 10ª ed.. São Paulo: Cortez, 2003.

FREIRE, Paulo. Extensão ou comunicação?. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.

______. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.

______. Ação cultural para a liberdade e outros escritos. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981.

______. Conscientização. São Paulo, Cortez e Moraes, 1979.

______. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1970.

GRAMSCI, A., Cartas do Cárcere. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2 vols, 2006.

______. Cadernos do cárcere. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 6 vols, 2003 e seguintes.

LACORTE, R. “ Sobre o papel da cultura”, , em DE ABREU SOSA, A., LIMA SALES, F. J., PINHEIRO FEIJÒ, J.  (Orgs.), Canto do Assum Preto. Fortaleza: Edicões UFC, 2018, p. 37-66.

_____. “Da História à Teoria: Organização e Direção, Hegemonia e ‘Tradutibilidade’”, em DE ABREU SOSA, A., LIMA SALES, F. J., PINHEIRO FEIJÒ, J.  (Orgs.), Canto do Assum Preto. Fortaleza: Edicões UFC, 2018, p. 67-92.

MAKÁRENKO, Anátoli. Problemas de la Educación Escolar. Moscou: Editorial Progreso, 1982.

MANACORDA,  Mario A. O princípio educativo em Gramsci. Porto Alegre, Artes Médicas, 1990.

PAIVA, Vanilda. História da educação popular no Brasil: educação popular e educação de adultos. São Paulo: Loyola, 2003.

SAVIANI, Dermeval. Pedagogia histórico-crítica. Primeiras aproximações. São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1991.

______. Escola e democracia. São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1983.

SEMERARO, Giovanni. Libertação e hegemonia: realizar a América Latina pelos movimentos populares. Aparecida/SP: Idéias e Letras, 2009.

______. “Linhas de uma filosofia política da educação brasileira”. In: Revista Movimento, nº10, setembro de 2004, Niterói/RJ: Editora da UFF, 2004 (p.35-49).

VIGOTSKI, L. S. Desenvolvimento das Funções Psíquicas Superiores. Moscou: Ed. Da Academia de Ciências Psicológicas, URSS, 1979.

 

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MINICURSO 5

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AMAZÔNIA COLONIAL: HISTORIOGRAFIA, FONTES E O ENSINO DE HISTÓRIA

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Coordenação: Profº Dr. José Inaldo Chaves Jr (HIS/IH/UnB) 

Local: Auditório do Instituto de Ciências Sociais - ICS

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O minicurso deverá realizar um balanço historiográfico a respeito das tradicionais leituras da Amazônia colonial portuguesa, seus processos históricos de constituição político-territorial, socioeconômica e étnica nos quadros da expansão ultramarina europeia, bem como das produções historiográficas mais recentes, considerando, por sua vez, os novos objetos de investigação, como a história indígena e a história ambiental, suas fontes e sua inserção nos primas de uma e conectada, valorizando a dimensão transfronteiriça de suas territorialidades e gentes nos limiares dos principais impérios da época moderna, entre os séculos XVII e XIX. Dessa feita, o micurso pretende tratar a “Amazônia” enquanto espaço historicamente construído na América portuguesa, valorizando suas diacronias e problematizando categorias cristalizadas. De resto, o minicurso, também como oficina de iniciação à leitura paleográfica, privilegiará a análise das chamadas fontes coloniais para o estudo e ensino da história da Amazônia, documentação manuscrita depositada em diferentes arquivos nacionais e estrangeiros, especialmente no Arquivo Histórico Ultramarino (AHU-Lisboa). Será feita uma seleção de fontes estruturada de acordo com os seguintes eixos: 1) governação e práticas político-administrativas: territorialização e fronteiras; 2) cultura, etnicidades e ensino de História.

 

BIBLIOGRAFIA:

ACEVEDO MARIN, Rosa Elizabeth; GOMES, Flávio dos Santos. Reconfigurações coloniais: tráfico de indígenas, fugitivos e fronteiras no Grão-Pará e Guiana francesa (séculos XVII e XVIII). (USP), n. 149, 2003, p. 69-107.

APOLINÁRIO, Juciene R. Os akroá e outros povos indígenas nas fronteiras do sertão. Políticas indígena e indigenista no norte da capitania de goiás, atual Estado do Tocantins. Século XVIII. Goiânia: Kelps, 2006.

__________, J. R.; QUEIROZ, J. S. ; LUIZ, J. M. ; MELO, T. S. Catálogo Geral dos Manuscritos avulsos e em códices referentes à História Indígena no Brasil Existentes no Arquivo Histórico Ultramarino. Campina Grande: EDUEPB, 2016.

__________, J. R.; QUEIROZ, J. S. ; LUIZ, J. M. ; MELO, T. S. . Catálogo Geral dos Manuscritos avulsos e em códices referentes à Escravidão Negra no Brasil existentes no Arquivo Histórico Ultramarino. Campina Grande: EDUEPB, 2016.

ARAÚJO, Renata Malcher de. A urbanização do Mato Grosso no século XVIII: discurso e método. Tese (Doutoramento em História da Arte), Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, 2001.

BUENO, Beatriz P. S. Desenho e Desígnio: o Brasil dos engenheiros militares (1500-1822). São Paulo: EDUSP/ FAPESP, 2011.

CHAMBOULEYRON, Rafael. Povoamento, ocupação e agricultura na Amazônia colonial (1640-1706). Belém: Editora Açaí, 2010.

______________, Rafael & SOUZA JUNIOR, José Alves de (orgs.). Novas olhares sobre a Amazônia colonial. Belém: Editora Paka-Tatu, 2016.

______________, Rafael & MELO, Vanice Siqueira de. Governadores e índios, guerra e terras entre o Maranhão e o Piauí (primeira metade do século XVIII). Revista de História, São Paulo, nº 168, p. 167-200, jan/junho de 2013.

DOMINGUES, Ângela. Quando os índios eram vassalos: colonização e relações de poder no Norte do Brasil na segunda metade do século XVIII. Lisboa: Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, 2000.

DRUMMOND, José Augusto. A história ambiental: temas, fontes e linhas de pesquisa. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, 8, p. 177-197, 1991.

FARAGE, Nádia. As Muralhas dos Sertões: os povos indígenas no rio Branco e a colonização. Rio de Janeiro: Paz e Terra/ANPOCS, 1991.

FLORES, Kátia Maia. Caminhos que andam: o rio Tocantins e a navegação fluvial nos sertões do Brasil. Tese (Doutorado em História), Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2006.

FURTADO, Júnia Ferreira. Oráculos da Geografia iluminista: Dom Luís da Cunha e Jean Baptiste Bourguignon D’Anville na construção da cartografia do Brasil. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2012.

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SOUZA JÚNIOR, José Alves de. Tramas do cotidiano: religião, política, guerra e negócios no Grão-Pará do Setecentos. Um estudo sobre a Companhia de Jesus e a Política Pombalina. Tese (Doutorado em História), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2009.

VIDAL, Laurent. Mazagão: a cidade que cruzou o Atlântico. Do Marrocos à Amazônia (1769-1783). Tradução Marcos Marcionillo. São Paulo: Martins Fontes, 2008.

 

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MINICURSO 6

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A HISTORIOGRAFIA E O ESTUDO DA VIOLÊNCIA (1989-2019) 

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Coordenação: Leandro Rust (UFMT/PPGHIS-UFMT)

Local: Auditório da Geologia 

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Programa de Pós-Graduação em História

A violência é uma espécie de ritmo da marcha dos séculos. Lugar comum mesmo em paradigmas rivais, tema transversal na caracterização das mais diversas épocas, a violência narrada se confunde com a construção das temporalidades. A onipresença descritiva da violência nas tramas temporais torna ainda mais embaraçosa a constatação da inexistência de uma teoria propriamente historiográfica sobre ela. Contudo, no final dos anos 1980, transformações em série parecem ter provocado certa guinada geracional entre os estudiosos: esse descompasso analítico foi alçado à posição de prioridade intelectual. Propor uma síntese e uma leitura crítica desse panorama historiográfico é objetivo desta atividade. Afinal, o que os pesquisadores têm feito da violência como história?

 

Bibliografia Básica:

CHANDRA, Sudhir (Ed.). Violence and Non-Violence across Time: History, Religion and Culture. New York: Routledge, 2018.

HORSLEY, Richad & HANSON, John. Bandidos, Profetas e Messias: movimentos populares no tempo de Jesus. São Paulo: Paulus, 1995.

LOETZ, Francisca. A New Approach to the History of Violence: “Sexual Assault” and “Sexual Abuse” in Europe, 1500-1850. Leiden: Brill, 2015.

MICHAUD, Yves. Changements dans La Violence. Paris: Odile Jacob, 2002.

MURDOCK, Graeme; ROBERTS, Penny; SPICER, Andrew (Ed.). Ritual and Violence: Natalie Zemon Davis and Early Modern France. Oxford: Past and Present Society, 2012.

PINKER, Steven. Os Anjos Bons da Nossa Natureza: porque a violência diminuiu. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.

PRIORE, Mary Del & MÜLLER, Angélica (Org.). História dos Crimes e da Violência no Brasil. São Paulo: Unesp, 2017.

Terrorism and Political Violence, 2019, vol. 31, n. 3.

ZIZEK, Slavoj. Violência. São Paulo: Boitempo, 2014.

Local

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MINICURSO 7

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A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER E O MUNDO DO ENTRETENIMENTO:
IDENTIFICANDO AS MARCAS DO MACHISMO E DOS SISTEMAS
DE OPRESSÃO DE GÊNERO.

 

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Facilitadoras: Profª. Hayeska Costa – SER/UnB, Profª. Ivna Nunes – UFMT
Local: 
Auditório do Instituto de Política - IPOL/IREL

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O mundo do entretenimento, no contexto de massificação, espetacularização e mercantilização da cultura, é lócus de produção e reprodução de imagens, representações e significados sobre a vida social. O sistema de opressões de gênero encontra nessa seara um amplificador potente de seu alcance e extensão. Os mass media (televisão, rádio e internet), historicamente, erigiram um modus operandi marcado pela objetificação e sexualização dos corpos femininos, reforçando práticas, às vezes explícitas, às vezes subliminares, de violência contra as mulheres, a qual se vê normalizada e naturalizada, simbólica e moralmente, em peças publicitárias, novelas, propagandas, programas de TV, músicas, dentre outros. Desta feita, o objetivo do presente minicurso é fomentar o debate crítico em torno das representações das mulheres no mundo do entretenimento, de modo a identificar as marcas estruturais do machismo e do sistema de opressões de gênero como expressões da violência contra as mulheres. A metodologia utilizada irá lançar mão da abordagem de categorias de análise como: gênero, machismo, patriarcado, cultura de massa, espetacularização e mercantilização da cultura. Além disso, irá contar com a análise crítica coletiva de peças publicitárias, propagandas e letras de música, de modo a identificar, problematizar e compreender as particularidades com que a violência contra as mulheres se expressa nessa esfera. 

    

REFERÊNCIAS:
 

ALMEIDA, Heloisa Buarque de. Trocando em miúdos. Gênero e sexualidade na TV a partir de Malu Mulher. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v.27, n.79, p.125-137, 2012.

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ISBN: 978-85-64593-86-2

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