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ISBN: 978-85-64593-86-2

Simpósios Temáticos

22 e 23 de Outubro de 2019

14h30 às 18h

ST 01 - ATORES POLÍTICOS E DIMENSÕES POLÍTICAS NO BRASIL REPUBLICANO

Local: Auditório Cassiano Nunes - BCE

Coordenação: Professoras Dra. Ione Oliveira (HIS/UnB) e Dra. Léa Carrer Iamashita (HIS/UnB)

 

Este Simpósio Temático objetiva promover a troca de experiências e o debate entre alunos, professores e pesquisadores que tenham como referência reflexões e pesquisas, realizadas ou em realização, sobre os atores políticos e as dimensões políticas no Brasil Republicano, do final do século XIX aos dias atuais. Conforme Pierre Rosanvallon, o político não é uma ‘instância’ ou um ‘domínio’ entre outros da realidade: ele é o local onde se “articulam o social e sua representação, a matriz simbólica na qual a experiência coletiva se enraíza e se reflete ao mesmo tempo” (ROSANVALLON, 1996, p. 30). Nesta perspectiva, os estudos da historiografia e as pesquisas documentais sobre o período republicano oferecem caminhos para pensar e reinterpretar o passado brasileiro, possibilitando vislumbrar alternativas para a criação de novas realidades sociais. O simpósio espera contribuir com a construção do conhecimento histórico nos campos da história política do Brasil republicano e pretende abarcar os múltiplos objetos e abordagens do exercício da política, tais como a participação na vida política, as representações coletivas, as práticas políticas da sociedade brasileira, os projetos políticos, os processos eleitorais, os liberalismos, os autoritarismos, as percepções de cidadania, os modelos de democracia, as noções de representação, as disputas de memórias, as formulações de identidades, entre outros.
 

Bibliografia:

ARENDT, Hannah. O que é política? 7. Ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.

BIGNOTO, Newton (org.). Pensar a República. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002.

CARDOSO, Ciro Flamarion. História e poder: uma nova história política. In CARDOSO, Ciro Flamarion; VAINFAS, Ronaldo (orgs.). Novos domínios da história. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012, pp. 37-54.

FERREIRA, Jorge; DELGADO, Lucilia de Almeida Neves (orgs.). O Brasil republicano. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. 4 v.

FERREIRA, Jorge; DELGADO, Lucilia de Almeida Neves (orgs.). O Brasil republicano: o tempo do liberalismo excludente. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018.

FERREIRA, Jorge; DELGADO, Lucilia de Almeida Neves (orgs.). O Brasil republicano: o tempo da Nova República. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018.

GOMES, Angela de Castro; PANDOLFI, Dulce; ALBERTI, Verena (orgs.). A República no Brasil. Nova Fronteira – CPDOC, 2002.

JULLIARD, Jacques. A política. In LE GOFF, Jacques; NORA, Pierre (orgs.). História: novas abordagens. Rio de Janeiro: Editora Francisco Alves, 1974, pp. 180-196.

RIOUX, Jean-Pierre; SIRINELLI, Jean-François (orgs.). Para uma história cultural. Lisboa: Editorial Estampa, 1998.

RÉMOND, René. Por uma história política. Rio de Janeiro: Editora FGV, 1996.

ROSANVALLON, Pierre. Por uma história conceitual do político. Revista História – UNESP. São Paulo, v. 15, 1996, pp. 27-39.

SEIXAS, Jacy; BRESCIANI, Maria Stella; BREPOHL, Marion (orgs.). Razão e paixão na política. Brasília: Editora UnB, 2002.

 

ST 02 - USOS DO PASSADO E RESPONSABILIDADE SOCIAL 

Local: Sala de Aula do Programa de Pós-Gaduação em História - HIS/UnB

Coordenação: Dra. Maria Filomena Coelho (UnB); Dr. Leandro Duarte Rust (UnB/UFMT)

O ano de 2019 tem desbravado uma paisagem singular para as ciências humanas. Em velocidade desafiadora, muitas vezes vertiginosa e desnorteante, as humanidades surgem no centro de controvérsias que, de tão acaloradas, repercutem muito além dos habituais – e muitas vezes exclusivos – espaços de debate. Em meio a discursos oficiais e a manifestações privadas, de atos governamentais a posts “que viralizam”, desde as salas de aula até as comunidades virtuais, a relevância social desses ramos do conhecimento tomou de assalto o cotidiano e os espaços públicos. À medida que perdura, a efervescência dos posicionamentos e das mobilizações modifica nossa compreensão e abala consensos sobre elementos que há décadas inscreveram as humanidades no campo de questões importantes para o bem comum e o aprimoramento da cidadania. Entre esses elementos, dois merecem especial atenção, não somente por seu alcance no nosso dia a dia como também por estarem estreitamente relacionados: os usos do passado e a responsabilidade social do intelectual. Debater os significados, as práticas e a atualidade desses dois pilares acadêmicos é o propósito que norteia este Simpósio Temático.

 

Bibliografia:

ADAMS, Ian. Political Ideology Today. Manchester: Manchester University Press, 1993.

ANDERSON, Benedict. Comunidades imaginadas. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

ARENDT, Hannah. Responsabilidade e Julgamento. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

DUMOULIN, Olivier. O papel social do historiador: da cátedra ao tribunal. Belo Horizonte: Autêntica, 2017.

ELLIOTT, Andrew B. R. Medievalism, politics and mass media. Appropriating the Middle Ages in the Twenty-first Century. Cambridge: Boydell, 2017.

GEARY, Patrick. O mito das nações. A invenção do nacionalismo. Lisboa: Gradiva, 2008.

GULDI, Jo & ARMITAGE, David. The History: Manifesto. Cambridge: Cambridge University Press, 2014.

HOBSBAWM, Eric; RANGER, Terence (orgs.). A invenção das tradições. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984.

JUDT, Tony. O Peso da Responsabilidade: Blum, Camus, Aron e o século XX francês. Rio de Janeiro: Objetiva, 2014.

MACMILLAN, Margaret. Usos e abusos da História. Rio de Janeiro: Ed. Record, 2010.

 

ST 03 - AS IDEIAS POLÍTICAS NA HISTÓRIA MODERNA: OBSTÁCULOS E DIFICULDADES

 

Coordenação: Prof. Dr. Daniel Gomes de Carvalho- HIS/ UnB
Local: AT 08 da Faculdade de Direito - FD

                                                                           

Qual o papel do historiador das ideias? Como ele dialoga, e em que medida ele se afasta, do filósofo ou do cientista político? Franco Venturi, em seu clássico a respeito da Ilustração, assim resume essa distinção: “não é evidentemente às origens das ideias que devemos remontar, mas à sua função na história dos Setecentos. Os filósofos têm a tentação de navegar em direção à nascente. Os historiadores nos devem dizer como o rio abriu seu caminho, em meio a quais obstáculos e dificuldades” (VENTURI, 2003:29). Nesse sentido, tomando como mote os “obstáculos e dificuldades” aludidos pelo grande historiador italiano, este grupo de trabalho tem como objetivo reunir pesquisadores de história das ideias políticas no mundo moderno. O objetivo é compartir tanto métodos de análise do texto político, e as implicações de entendê-lo como documento, quanto descobertas e reflexões sobre política, democracia, direitos humanos, autoritarismo e republicanismo na modernidade.Assim, são bem-vindas comunicações que coloquem em perspectiva diferentes estratégias de investigação da história das ideias e múltiplas análises do pensamento e debate político naquilo que entendemos como época moderna, entendida como um grande período entre a Renascença e a Era das Revoluções (1776/1789-1848). Quentin Skinner, crédulo de que o estudo da história do pensamento político é uma fonte de reflexões que pode inclusive enriquecer nosso debate contemporâneo, dizia que “os historiadores do pensamento podem produzir algo que vá bem além do interesse antiquário se eles simplesmente exercerem sua ocupação” (SKINNER,94-95).  Nesse sentido, numa época da história brasileira e mundial de inédita consciência da importância da política, faz-se mais que necessária a promoção desse tipo de debate. Os trabalhos a serem contemplados para discussão no grupo de trabalho deverão apresentar brevemente em seus resumos os aspectos metodológicos de suas pesquisas, bem como as fontes utilizadas.

Bibliografia:

VENTURI, Franco. Utopia e Reforma no Iluminismo. São Paulo: Edusc, 2003, p. 29.

SKINNER, Quentin. Liberdade Antes do Liberalismo, cit., pp. 94-95.

ST 04 - A ARQUITETURA DA PESQUISA: FONTES, METODOLOGIAS E AUTORIDADE

Coordenação: Dr. Jonas Wilson Pegoraro (PPGHIS/HIS/UnB) e Dr. Luiz César de Sá (PPGHIS/HIS/UnB)

Local: A1 11 Da Faculdade de Direito - FD

O Simpósio Temático visa explorar a articulação entre fontes, metodologias e as interpretações dos pesquisadores,  reconhecendo estas como princípio essencial à legitimação do trabalho historiográfico. As fontes (plurais e dinâmicas e/ou pontuais e diretas) adquirem um papel fundamental no respaldo científico das análises do(a) pesquisador(a), entretanto, recusa-se na contemporaneidade reduzir os documentos a “matérias-primas”, capazes de espelhar objetivamente o passado. Na consubstanciação presente/passado, tornou-se essencial estabelecer os diferentes regimes de verdade. Com isso, o(a) pesquisador(a) “tece determinadas realidades” que promovem, dentro do fazer-se da História, a construção do passado/presente. Assim, são bem-vindas apresentações que coloquem em perspectiva diferentes estratégias de investigação diante de formas documentais específicas, assim como as técnicas narrativas adequadas à apresentação dos resultados. Também é objetivo deste Simpósio examinar os impactos da ascensão de novas ferramentas metodológicas e suas implicações historiográficas, de que seguem alguns exemplos não exaustivos: dos riscos acarretados pela superabundância de fontes digitalizadas às possibilidades de filtragem da informação por meio de instrumentos como o ngram; das tensões entre a especialização das pesquisas e as demandas sociais por narrativas abrangentes; do papel da Universidade na constituição da autoridade do discurso historiográfico ao crescimento de “culturas do passado” – on e off-line – que prescindem dela. Os trabalhos a serem contemplados para discussão no simpósio deverão apresentar em seus resumos os aspectos metodológicos de suas pesquisas, bem como as fontes utilizadas, para que em conjunto discutamos suas “visões do passado".

 

Bibliografia:

TURIN, R. Entre o passado disciplinar e os passados práticos: figurações do historiador na crise das humanidades. Tempo (Niterói), Vol. 24, N. 2, Mai/Ago 2018.

LATOUR, B. Jamais fomos modernos: ensaio de antropologia simétrica. Trad. Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Martins Fontes, 2013.

SETH, S. Razão ou raciocínio? Clio ou Shiva? História da Historiografia, No 11, abril 2013.

CHAKRABARTY, D. O clima da história: quatro teses. Trad. Denise Bottmann et al. Sopro, No 91, 2013.

SALOMON, M. (org.). Heterocronias: estudos sobre a multiplicidade dos tempos históricos. Goiânia: Ricochete, 2018.

PHILLIPS, M. S. Rethinking historical distance: from doctrine to heuristic. In: On historical distance. New Haven: Yale University Press, 2013.

CERTEAU, M. A operação historiográfica. In: A escrita da história. Trad. Maria de Lourdes Menezes. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2017.

PAUL, H. Historicismo fraco: sobre hierarquias de virtudes e de metas intelectuais. História da Historiografia. No 21, 2016.

 

 

ST 05 - MUNDO INTELECTUAL ENTRE ANTIGOS E MODERNOS

Coordenação: Dr. Camila Condilo (HIS/UnB)
Local: A1 13 da Faculdade de Direito - FD

Este simpósio se propõe a problematizar e discutir aspectos relacionados à ideia de mundo intelectual em períodos anteriores a contemporaneidade a partir de diversos recortes temporais, geográficos e temáticos: Em que medida podemos pensar em um mundo intelectual ou mesmo acadêmico em um contexto no qual não existem regras formais estabelecidas de produção escrita e modelos teóricos e metodológicos sistematizados de produção científica? É possível pensar em uma produção intelectual científica antes do século XIX? Em caso afirmativo, quais são as proximidades e contrastes entre a forma de produção acadêmica atual e a dos antigos? Como se coloca a questão da oralidade e da escrita no contexto dessa produção intelectual? Partindo de questões como estas, este simpósio tem interesse em propostas sobre os seguintes temas: 1) Autoria e autoridade em diferentes mídias; 2) Autoria, autoridade e gênero; 3) Mundo intelectual entre oralidade e escrita; 4) Citações; 5) Plagiarismo; 6) Bibliotecas; 7) Novos recursos, métodos e teorias de pesquisa no estudo do mundo intelectual (ex: Wikipedia e ferramentas de mensuração de impacto de produção). Dessa forma, este simpósio visa contribuir para um melhor entendimento do mundo intelectual em períodos anteriores à sistematização e formalização científicas nas diversas áreas do conhecimento.

 

Bibliografia:

Barthes, R. (1968) “The death of the author”. In S. Heath (essays selection and translation) (1977) Roland Barthes. Image – Music – Text. London: Fontana Press, pp.142-148.

Bennett, A. (2005) The Author. New York: Routledge.

Burke, S. (1999) The Death and Return of the Author: Criticism and Subjectivity in Barthes, Foucault and Derrida. Edinburgh: Edinburgh University Press.

Calame, C.; Chartier, R. (dir.) (2004) Identités d'Auteur dans l'Antiquité et la Tradition Européenne. Grenoble: J. Millon

Casson, L. (2001) Libraries in the Ancient World. New Haven/London: Yale University Press.

Confraria, H.; Godinho, M.M.; Wang, L. (2017) “Determinants of citation impact: A comparative analysis of the Global South versus the Global North”. In Research Policy, 46, pp.265-279.

Cooper, C. (ed.) (2007) Politics of Orality. Leiden/Boston: Brill.

Foucault, M. (1969) “What is an author?”. In P. Rabinow (ed.) (1984) The Foucault Reader. New York: Pantheon Books, pp.101-120.

Gray, J.; Johnson, D. (eds) (2013) A Companion to Media Authorship. Chichester: Wiley-Blackwell.

Hutson, S.R. (2002) “Gendered citation practices in American Antiquity and other archaeological journals”. In American Antiquity, 67(2), pp.331-342.

König, J.; Oikonomopoulou, K.; Woolf, G. (eds) (2013) Ancient Libraries. Cambridge/New York: Cambridge University Press.

Lloyd, G.E.R. (1995) “Quotation in Greco-Roman contexts”. In Extrême Orient, Extrême-Occident, 17, pp.141-153.

Loveland, J.; Reagle, J. (2013) “Wikipedia and encyclopedic production”. In New Media and Society, 15(8), pp.1294-1311.

Lund, R.L. (2004) “Plagiarism”. In Journal of Religious & Theological Information, 6(3-4), pp. 93-101.

McGill, S. (2012) Plagiarism in Latin Literature. Cambridge/New York: Cambridge University Press.

Minnis, A. (2010) Medieval Theory of Authorship. Scholastic Literary Attitudes in the Later Middle Ages. 1st Edition 1984. Philadelphia: University of Pennsylvania Press.

Rigolot, F. (2012) “Et amans et poeta. Female authorship from Antiquity to the Renaissance”. In The Comparatist, 36, pp.248-262.

Stevenson, J. (2005) Women Latin Poets. Language, Gender, and Authority, from Antiquity to the Eighteenth Century. Oxford/New York: Oxford University Press.

Stillinger, J. (1991) Multiple Authorship and the Myth of Solitary Genius. New York/Oxford: Oxford University Press.

Suarez, M.F.; Woudhuysen, H.R. (eds) (2013) The Book: A Global History. Oxford: Oxford University Press.

Tell, H. (2007) “Sages at the games: Intellectual displays and dissemination of wisdom in ancient Greece”. In Classical Antiquity, 26(2), pp. 249-275.

Thomas, R. (2000) Herodotus in Context: Ethnography, Science and the Art of Persuasion. Cambridge: Cambridge University Press.

 

ST 06 -  O QUE NOS ENSINAM AS NARRATIVAS DE MULHERES INDÍGENAS, NEGRAS, ORIUNDAS DE COMUNIDADES TRADICIONAIS E MORADORAS DE PERIFERIAS URBANAS?

 

Coordenação: Dra. Cristiane de Assis Portela (HIS/UnBa e Mestrado em Sustentabilidade junto a Povos e Territórios Tradicionais- UnB; Dra. Susane Rodrigues de Oliveira (PPGHIS/HIS/UnB);  Dra. Bruna Paiva de Lucena /SEDF, Programa Mulheres Inspiradoras.

Local: Sala do Programa de Pós-Graduação em Metafísica, módulo 26, subsolo ICC Norte.

 

Este ST pretende ser espaço de interlocução para pesquisas e reflexões em torno de narrativas autorais de mulheres indígenas, negras, pertencentes a comunidades tradicionais e moradoras de periferias urbanas. Buscamos pensar o potencial de uso destas narrativas e suas diferentes linguagens em processos de aprendizagem da história, da literatura e de formação para os direitos humanos e o combate ao racismo/sexismo em contextos educativos formais e informais, privilegiando experiências elaboradas a partir de pedagogias fundamentadas na autonomia, no reconhecimento de formas de resistência e na proposição de leituras insurgentes. Acolhendo propostas múltiplas e interdisciplinares, o eixo que unirá os trabalhos será a preocupação com a reverberação das vozes destas mulheres em sala de aula e outros contextos educativos, por meio da difusão e abordagem de variados recursos didáticos (literários de base oral ou escrita, textos acadêmicos, narrativas audiovisuais e artes em geral). Esperamos ainda discutir as dimensões epistêmicas e metodológicas relacionadas à história das mulheres, difundida e ensinada em escolas, universidades e outros espaços educativos, sob perspectivas críticas ao eurocentrismo, racismo, elitismo e sexismo, presentes nas narrativas que se tornaram hegemônicas. Serão bem vindas pesquisas que versem sobre epistemologias indígenas, experiências de valorização da memória e história oral no âmbito da história pública, implementação das Leis 10.639/03 e 11.645/08 e da legislação correlata em outros países da América Latina, bem como abordagens feministas interseccionais e decoloniais do gênero.
 

Bibliografia:

ALMEIDA, Maria da Conceição de. Complexidade, saberes científicos, saberes da tradição. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2010.

ALMEIDA, Juniele; Meneses, Sônia (orgs.) História Pública em Debate: Patrimônio, educação e mediações do passado. São Paulo: Letra e Voz, 2018.

ANZALDÚA, Glória. “Falando em línguas: uma carta para as mulheres escritoras do Terceiro Mundo”. Trad. Édina de Marco in Revista Estudos Feministas, v. 8, n. 1 [pp. 229-236], 2000b.

______. "La conciencia de la mestiza/Rumo a uma nova consciência" in Revista Estudos Feministas. Vol. 13, n. 3. Rio Grande do Sul: UFRGS, 2005.

BIDIMA, Jean-Godefroy. “Da travessia:
contar experiências, partilhar o sentido”. [Tradução para uso didático por Gabriel Silveira de Andrade Antunes. Disponível em: https://filosofia-africana.weebly.com/uploads/1/3/2/1/13213792/jean-godefroy_bidima_-_da_travessia._contar_experiências_partilhar_o_sentido.pdf [Acessado em 28 de maio de 2019].

CARNEIRO, Sueli. Escritos de uma vida. Belo Horizonte: Grupo Editorial Letramento, 2018.

DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016. [1981]

DOVE, Nah. Mulherisma Africana: Uma Teoria Afrocêntrica. Universidade Temple. [Tradução: Wellington Agudá] in Jornal de Estudos Negros, vol. 28, n.5, Maio de 1998.

EVARISTO, Conceição.  Becos da Memória. Rio de Janeiro: Pallas Editora, 2017.

EVARISTO, Conceição. Insubmissas Lágrimas de Mulheres. Rio de Janeiro: Malê, 2016.

GIROUX, Henry A. Os professores como intelectuais: rumo a uma pedagogia crítica da aprendizagem. Trad. Daniel Bueno. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

GROSFOGUEL, Ramón. “Racismo/sexismo epistémico, universidades occidentalizadas y los cuatro genocidios/ epistemicidios del largo siglo XVI” in Tabula Rasa n. 19 [pp. 31-58]. Bogotá, Colômbia: juliodiciembre 2013. [Disponível em: http://www.revistatabularasa.org/numero-19/02grosfoguel.pdf].

HOOKS, bell.  O feminismo é para todo mundo: políticas arrebatadoras. Rio de Janeiro: Record, 2018.

______. “Linguagem: ensinar novas paisagens/novas linguagem" in Revista Estudos Feministas v. 16, n. 3. Florianópolis: UFSC, set. 2008.

______. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2013.

MAUAD, Ana Maria; SANTHIAGO, Ricardo; BORGES, Viviane (orgs.). Que história pública queremos? São Paulo: Letra e Voz, 2018.

OLIVEIRA, Luis F. e CANDAU, Vera M. “Pedagogia decolonial e educação antirracista e intercultural no Brasil” in Educação em Revista, Belo Horizonte, v.26, n.01. [pp.15-40], abr. 2010.

POTIGUARA, Eliane. Metade Cara, Metade Máscara. 3a ed. Rio de Janeiro, Grumin Edições, 2018.

WALSH, Catherine. Pedagogías decoloniales. Prácticas insurgentes de resisitir, (re) existir y (re)vivir. Tomo I. Serie Pensamiento Decolonial. Quito: Abya Yala, 2013.

 

 

ST 07 - RELAÇÕES DE GÊNERO NA CONTEMPORANEIDADE: VOZES PLURAIS

Corrdenação: Dra. Eloísa Pereira Barroso- (PPGHIS/HIS/UnB); Dr. Matheus Gamba Torres (PPGHIS/HIS/UnB) e Ms. Clerismar Aparecido Longo- IDA/UnB

Local: Sala de Reuniões do Departamento de História - HIS

 

Segundo Roger Chartier (1988), os diversos aspectos da vida social dados pela religião, pelas instituições sociais, políticas e culturais, pelos valores e práticas ritualisticas possibilitam-nos conhecer épocas distintas, ou seja, identificam os modos de construção da realidade social, pois a multiplicidade junto a diversidade de olhares fazem emergir o entendimento de uma história que constrói olhares mais complexos em torno do objeto de estudo. Diante dessa reflexão, a mesa tem como objetivo acolher debates que abordem, numa perspectiva histórica e multidisciplinar, e por meio da História Oral, a construção das identidades de gênero e sexuais e suas interfaces  com outros marcadores sociais, quais sejam: raça, classe, geração, religião etc. Serão aceitos trabalhos não só do campo da História, mas também de áreas do conhecimento que dialoguem com a temática e estejam inscritos no campo da História Oral. O intento dos debates é abrir o leque de possibilidades de discussão sobre as formas como os sujeitos experienciam os significados de gênero, de sexo e das sexualidades; como suas identidades sexuais e de gênero são construídas dentro dessa teia de significados que é a cultura; quais são os desdobramentos das performatividades de gênero que, em diferentes contextos, burlam determinadas normas culturais – o queer; como a violência de gênero e a violência sexual vêm sendo experienciadas, e como os sujeitos, vítimas da violência, reagem e se manifestam, por meio de movimentos sociais ou práticas do cotidiano, em busca da igualdade de direitos e do respeito à alteridade.

Pensar a história das relações de gênero em suas diferentes dimensões temporais possibilita um diálogo entre passado, presente e futuro. Na interpretação das experiências vividas pelo sujeito, verifica-se um horizonte de possibilidades latentes de uma construção dialógica no campo das relações interseccionais. As aproximações e distanciamentos entre os domínios da história na perspectiva das relações de gênero constituem  um esforço de análise por parte do cientista no que tange aos modelos, regras, disputas, tensões e relações de poder que consubstanciam a escrita da história de mulheres e LGBTS como um lugar social. Nesta perspectiva as relações de gênero se configuram fonte importante para a historiografia, pois nelas é possível abstrair discursos imbuídos de significados múltiplos nos quais é possível entender o imaginário coletivo na contemporaneidade sobre o lugar do gênero  para entender a funcionalidade desse imaginário no mundo social, e como ele é reinventado e recriado em um fluxo contínuo das narrativas orais e performáticas.

 Nossa proposta é promover o debate acerca das possibilidades de abordagens de pesquisas, a partir da História Oral, configuradas nos diversos objetos de pesquisa dentro das relações de gênero pertinentes às ciências humanas e sociais. Dessa forma, acreditamos que o a mesa se configura como um espaço de reflexões no qual será possível o exercício da crítica e da divulgação dos aportes teóricos, metodológicos, conceituais e empíricos pertinentes ao campo historiográfico no que tange às temáticas de história oral, de gênero e sexualidade.

Palavras-chave: Relações de gênero, Sexualidades, História Oral, Multidisciplinaridade

Referências Bibliográficas

ABREU, A. A. Quando eles eram jovens revolucionários. In H. Viana (Ed.), Galeras cariocas: territórios de conflitos e encontros culturais. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1997.

COLLING, A. M. (1997). A resistência da mulher à ditadura militar no Brasil. Rio de Janeiro: Record, Rosa dos Tempos. Companhia das Letras, 2007

DE DECCA, E. Ensaio sobre a memória anarquista: a história como ficção coletiva. História Oral, Rio de Janeiro, n.2, p.111-134, 1999.

FERREIRA, M de M. História, tempo presente e história oral. Topoi, Rio de Janeiro.

HALL, S. Cultura e Representação. Rio de Janeiro: Editora PUC Rio: Apicuri, 2016

IÑIGUEZ, L. Identidad: de lo personal a lo social. Un recorrido conceptual. In E. Crespo (Ed.), La constitución social de la subjetividad (pp. 209-225). Madri: Catarata, 2001.

JODELET, D. Os processos psicossociais da exclusão. In B. B. Sawaia (Ed.), As artimanhas da exclusão: análise psicossocial e ética da desigualdade social. Petrópolis: Vozes, 2002.

POLLAK, M. Memória e identidade social. Estudos Históricos, 5(10), 1992.

POLLAK, M. Memória, esquecimento, silêncio. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 2, n.3, p. 3-15, 1989.

PORTELLI, A. Memória e diálogo: desafios da história oral para a ideologia do século XXI. In: FERREIRA, M.M.; FERNANDES, T.M.; ALBERTI, V. (Orgs.) – História Oral: desafios para o século XXI. Rio de Janeiro: Fiocruz/Casa de Oswaldo Cruz/FGV, 2000.

RICOEUR, P. A memória, a história, o esquecimento. São Paulo: Editora da Unicamp, 2007.

RIDENTI, M. S. As mulheres na política brasileira: os tempos de chumbo. Tempo Social, 2(2), 1990.

RIDENTI, M..S. O fantasma da revolução brasileira. São Paulo: UNESP, 1993.

RIOUX, J.-P. Entre o jornalismo e a história. In: CHAUVEAU, Agnès; TÉTART, Philippe. Questões para a história do tempo presente. São Paulo: Edusc, 1999.

SARLO, B. Tempo passado: cultura da memória e guinada subjetiva. São Paulo, 2007

SARTI, C.A. O feminismo brasileiro desde os anos de 1970: revisitando uma trajetória. Estudos Feministas, 12(2), 2004.

SCOTT, J. Gênero: uma categoria de análise histórica. In: Educação e Realidade, 1990.

SOUZA, L. Processos de categorização e identidade: solidariedade, exclusão e violência. In Z. A. Trindade, & L. Souza (Eds), Violência e exclusão: convivendo com paradoxos. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2004.

STEVENS, C; OLIVEIRA, S. R de; ZANELLO, V. Estudos feministas e de gênero: articulações e perspectivas. Ilha de Santa Catarina: Mulheres, 2014.

TAJFEL, H. Grupos humanos e categorias sociais. Lisboa: Livros Horizonte. v. II. 1983.

THOMSON, A. Recompondo a memória. Questões sobre a relação entre a história oral e as memórias. Projeto História. São Paulo, v.15, 1997.

 

ST 08 - UNIVERSIDADE PÚBLICA E EDUCAÇÃO: PENSAMENTO BRASILEIRO E DEBATES CONTEMPORÂNEOS

Coordenação:  Dr. Fábio Mascarenhas Nolasco (PPGFILO, FIL/UnB), Dr. Gilberto Tedeia (PPGFILO, FIL/UnB); Dr. Giovanni Zanotti (PPGFILO, FIL/UnB), Dra Raquel Imanishi Rodrigues (PPGFILO, FIL/UnB).
Local: Sala do Programa de Pós-Graduação em Filosofia, módulo 25, subsolo ICC Norte.

 

Em “A Universidade Necessária”, escrito no exílio uruguaio em 1968, Darcy Ribeiro relata-nos o que chama de a “Experiência de Brasília”: “Ali se contou com recursos humanos e materiais que permitiram aspirar à criação de uma universidade efetivamente capacitada para o inteiro domínio do saber moderno, para o exercício da função de órgão central de renovação da universidade brasileira e para o desempenho do papel de agência de assessoramento governamental na luta pelo desenvolvimento autônomo do país.” Essa experiência, no entanto, “durou apenas quatro anos”, até que “se destruiu o projeto mais ambicioso da intelectualidade brasileira, reduzindo-o a um simulacro de universidade que aguarda a sua restauração.” (RIBEIRO, 1978, p. 122).

Os escritos de Darcy Ribeiro, Anísio Teixeira e de tantos outros sinalizam a efetividade dos debates públicos que, nas décadas de 1950 e 1960, tematizaram os conceitos de desenvolvimento, dependência, autonomia universitária, bem como a questão da irrupção de algo como um “pensamento brasileiro” propriamente dito, quando de fato se principiava um processo nacional de consolidação de um sistema universitário público. A este projeto que marcou época e formou toda uma geração, impôs-se, porém, um intervalo de vinte anos, até que os processos sociais de reconstituição nacional das décadas de 1980 e 1990 declararam novamente aberta a “estação dos balanços e crônicas de origem”, como o descreve Paulo Arantes.

Dos períodos da redemocratização brasileira, seguiram-se mais de 30 anos do debate em torno da restauração da universidade pública e sua ampliação em âmbito nacional, cuja contínua construção dependeu também da manutenção da própria ideia de universidade pública como questão sempre aberta e constantemente retomada, justamente para afastar o perigo da restauração daquele “simulacro” de universidade, um risco que, a cada período histórico-político, era reintroduzido pela sua redução à mera problemática econômico-social.

A constante recolocação pública da questão universitária, portanto, tratava de preservar e construir o processo nacional mediante o qual veio a se instaurar, de fato, intensiva e extensivamente, o sistema universitário brasileiro, tendo alcançado finalmente todas as unidades da federação nos idos da década passada, atingindo patamares absolutamente inéditos de inserção no horizonte acadêmico nacional e internacional.

Ora, o contexto atual, onde essa instauração adquirida se vê ameaçada, impõe a retomada do debate sobre a universidade pública e necessária, compreendida em outra ordem e contexto, ou seja, retomando a reflexão sobre seu conceito e sua história, a trajetória de seus confrontos, desafios e conquistas, seja enquanto sistema universitário, seja enquanto relatos e experiências regionais, numa reflexão ampla e aberta à convocatória multidisciplinar, tanto para estudantes e professores, quanto para pesquisadores e interessados em geral.

Eis o que se pretende com este chamado: fomentar uma nova torção no parafuso da autorreflexividade histórica, a fim de ponderarmos em conjunto e no debate público as continuidades e rupturas que nos concerniram antes, que nos afetam hoje e que determinarão a relevância da Universidade Pública no futuro próximo da sociedade brasileira.

As sessões do Simpósio serão organizadas por eixos temáticos e a seleção dos trabalhos dos participantes poderá ser subdividida entre as modalidades de “apresentação” de comunicação e “debatedor”.

O Simpósio também terá uma sessão específica para o eixo temático “A ideia de universidade pública e os desafios atuais da formação em filosofia” visando a colaboração com o debate proposto pela Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea.

Bibliografia: 

Pensamento Brasileiro e alguns debates contemporâneos

ARANTES, Paulo Eduardo [et. al.]. A filosofia e seu ensino. São Paulo: Educ, 1995.

BUARQUE, Cristovam. Na fronteira do futuro. (O projeto da UnB). Brasília: Editora da UnB, 1989. (série UnB)

CARDOSO, Fernando Henrique. Introdução ao Dossiê “70 anos da USP”, Revista da USP, n. 60, dez./jan./fev.. 2003/2004.

CARDOSO, Irene. A universidade da comunhão paulista. São Paulo: Cortez, 1982.

__________. Apresentação da Universidade de São Paulo, catálogo da USP. São Paulo: EDUSP, 1996, p. 4.

__________. A modernização da universidade brasileira e a questão da avaliação. In: MARTINS, Carlos Benedito. São Paulo: Brasiliense, 1989.

CASTILHO, Fausto. O conceito de universidade no projeto da UNICAMP. Entrevista, apresentação e organização Alexandre G. Tadeu de Soares. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2008.

CHAUÍ, Marilena. Em defesa da educação pública, gratuita e democrática. Homero Santiago (org.). Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2018 – (Escritos de Marilena Chauí, vol. 6).

__________. Escritos sobre a universidade. 2ª. Edição. São Paulo: Editora UNESP, 2014.

DE TOMMASI, Livia de; WARDE, Mirian Jorge; HADDAD, Sérgio. O banco mundial e as políticas educacionais. São Paulo: Cortez, 1998.

FIORI, Ernani Maria. Educação e política. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2014.

FLORESTAN, Fernandes. Universidade brasileira: reforma ou revolução? São Paulo: Alfa-Omega, 1975.

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LOUREIRO, Isabel; DEL-MASSO, Maria Candida. (orgs.).Tempos de greve na universidade pública. Marília: UNESP-Marília Publicações; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2002.

RIBEIRO, Darcy. Universidade para quê? Editora da UnB, 1986. (série UnB)

__________. Universidade necessária. Editora Paz e Terra, 1978.

SILVA, Franklin Leopoldo e. Universidade, cidade, cidadania. Valter José (org.). São Paulo: Hedra, 2014.

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História, posicionamentos, debates filosóficos e alguns dados contemporâneos

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CASPER, Gerhard; HUMBOLDT, Wilhelm Von. Um mundo sem universidades? Org. e trad. Johannes Kretschmer e João Cezar de Castro Rocha.  Rio de Janeiro: Editora UERJ, 1997.

COLLI, Andrea. “Universidade e ordem dos estudos. O método escolástico”. In: ECO, Umberto. Idade Média. Trad. Carlos Aboim de Britto e Diogo Madre Deus, 2ª. edição. vol. III. Lisboa : D. Quixote, 2017.

DEL NEGRO, Piero (org.). L´Università di Padova – Otto secoli di storia. Pádova: Signum, 2002.

DERRIDA, Jacques. O olho da universidade. Introdução de Michel Peterson. Trad. Ricardo Iuri Canko e Ignácio Antonio Reis. São Paulo: Estação Liberdade, 1999.

__________. A universidade sem condição. Trad. Evandro Nascimento. São Paulo: Estação Liberdade, 1999.

FERRY, Luc. Philosophies de l´Université – Le idéalisme allemand et la question de l´Université – textes de Schelling, Fichte, Schleiermacher, Humboldt et Hegel). Paris : Payot, 1979.

FREITAG, Michel. Le naufrage de l´Université. Quebéc : Nuit Blanche; Paris: La Découverte, 1994.

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LE GOFF, Jacques. Para um novo conceito de Idade Média. Lisboa: Editorial Estampa, 1980.

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NOBRE, Marcos. “Da ‘formação’ às ‘redes’: filosofia e cultura depois da modernização”

NUSSBAUM, Martha C.. Sem fins lucrativos – por que a democracia precisa das humanidades. Trad. Fernando Santos. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2015.

RÜGGER, Walter (editor). A History of University in Europe, Vol. II (Universities in Early Modern Europe, 1500-1800). Cambridge; New York: Cambridge University Press, 1996.

 

ST 09 -  GOVERNOS, GENTES E TERRITORIALIDADES NO ATLÂNTICO IBÉRICO (SÉCULOS XVII-XIX) 

Coordenação: Profº Dr. José Inaldo Chaves Jr (HIS/IH/UnB)

Local: Sala do Programa de Pós-Graduação em Metafísica Epistemologia do Romance, módulo 26, subsolo ICC Norte.

 

Atualmente, as historiografias brasileira e estrangeira ocupam-se das dinâmicas de mestiçagens, fronteiras e territorializações nascidas das fricções entre as culturas políticas ibéricas da Época moderna, com suas monarquias católicas e corporativas, e as ressignificações, persistências e resistências nativas e diaspóricas em contextos atlânticos, com destaque às sociedades escravistas. O exercício das soberanias portuguesa e castelhana a partir da institucionalização dos espaços de autoridade (como no oficialato régio, nos negócios monopolizados, câmaras, misericórdias e nas irmandades) e do controle sobre a mobilidade social (economia das mercês e centralidade da graça régia), assim como as agências encetadas por ameríndios, africanos escravizados e a crescente população mestiça que pressionava as hierarquias de cor e classificações do Antigo Regime nos trópicos, revelam complexas engenharias imperiais e guardam particular conveniência aos objetivos desse ST, que valorizará ainda as diferentes escalas da observação historiográfica. Ademais, o interesse em discutir as interações entre formas/conteúdos socioculturais indígenas e africanos, a matriz católico-escolástica do poder e os desafios da cristianização do Novo Mundo também poderá atrair estudos que versem sobre as relações entre governança, negócios, naturalidades e fronteiras étnico-espaciais; cultura, poder e religiosidades; e os limites difusos entre norma e prática na aplicação do direito de cada um e na consecução do bem comum à nível local e/ou global. De resto, são, pois, as complexidades históricas do Atlântico ibérico e suas diacronias que o ST deseja captar a partir do sincero convite aos/as investigadores/ras das histórias das Américas e da África em contextos coloniais e pós-coloniais. 

 

Bibliografia: 

ALMEIDA, Maria Regina Celestino de. Metamorfoses indígenas: identidade e cultura nas aldeias coloniais do Rio de Janeiro. 2ª ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2013.

ALENCASTRO, Luís Felipe de. O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

BAILYN, B. Atlantic History: concept and coutours. Cambridge/London: Harvard University Press, 2005.

BOCCARA, Guillaume. Mundos nuevos en las fronteras del Nuevo Mundo. Nuevo Mundo MundosNuevos, 2005.

CURTIN, Philip D. The Atlantic slave trade: a census. Madison: University of Wisconsin Press, 1969.

ELLIOTT, J.H. 1992. A Europe of Composite Monarchies. Past and Present, 137(1):48-71.

FLORENTINO, Manolo. Em costas negras: uma história do tráfico atlântico de escravos entre a África e o Rio de Janeiro (séculos XVIII e XIX). São Paulo: Editora UNESP, 2014.

FRAGOSO, João; BICALHO, Maria Fernanda & GOUVÊA, Maria de Fátima (orgs.). O Antigo Regime nos Trópicos: a dinâmica imperial portuguesa (séculos XVI-XVIII). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.

GILROY, Paul. O Atlântico negro: modernidade e dupla consciência. Rio de Janeiro, Editora 34/UCAM, 2001.

GREENE, Jack & MORGAN, Philip. Atlantic History: a critical appraisal. New York: Oxford University, 2009.

HERZOG, Tamar. Defining Nations: immigrants and citizens in Early Modern Spain and Spanish America. New Haven: Yale University Press, 2003. 

PAIVA, Eduardo França. Dar nome ao novo: uma história lexical da Ibero-América entre os séculos XVI e XVIII (as dinâmicas de mestiçagem e o mundo do trabalho). Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2015.

RAMINELLI, Ronald. Nobrezas do Novo Mundo: Brasil e ultramar hispânico, séculos XVII e XVIII. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2015.

REIS, José Reis. Rebelião escrava no Brasil: a história do levante dos malês em 1835. São Paulo, Companhia das Letras, 2003.

RUSSEL-WOOD, A. J. R. Sulcando os mares: um historiador do império português enfrenta a “Atlantic History”. Revista de História, São Paulo, 28 (1), 2009.

SUBRAHMANYAN, Sanjay. Connected Histories: notes toward a reconfiguration of early modern eurásia. Modern Asian Studies, 31 (3), p. 735-762, 1997.

 

 

ST 10 - HISTÓRIA PÚBLICA E ORALIDADES 
 

Coordenação: Profa. Dra. Marta Gouveia de Oliveira Rovai (Universidade Federal de Alfenas/UNIFAL)
Local: Sala de Defesa do Programa de Pós-Graduação em História - PPGHIS.

O Simpósio Temático "História Pública e Oralidades" tem por objetivo reunir profissionais que utilizem os procedimentos da história oral em pesquisas que pensem as possibilidades de construção/difusão/ampliação do conhecimento histórico. Este Simpósio Temático tem como meta avançar nas discussões sobre a ampla gama de questões teóricas e práticas em torno da história pública no Brasil, visada em perspectiva internacional. Diante da elasticidade da expressão “história pública” (não raro portando significados distintos conforme quem a emprega), este simpósio será uma oportunidade para abordar temas como: a relação entre história oral e a diversidade de públicos da história; o impacto social e público da produção acadêmica; a função da história pública na divulgação e no gerenciamento do patrimônio material e imaterial; o impacto das novas mídias sobre as estratégias de produção e publicização da história; os procedimentos da história oral diante de celebrações, comemorações, memoriais; os cruzamentos entre história pública/história oral e outras áreas de conhecimento aplicado, como o jornalismo, o cinema, as relações públicas, a gestão de organizações, o turismo; a história oral e gênero; a relação entre história oral e literatura, em múltiplos âmbitos de narrativa histórica: as biografias, os testemunhos, a ficção histórica.

Bibliografia

ALMEIDA, Juniele R; ROVAI, Marta G.O.(org.) Introdução à História Pública. São Paulo: Letra e Voz, 2011.

ALMEIDA, Juniele R; MENESES, Sônia (org.) História Pública em debate: patrimônio, educação e mediações do passado. São Paulo: Letra e Voz, 2018.

FRISCH, Michael. A shared authority: essays on the craft and meaning of oral and public history. New York: State University of New York Press, 1990.

MAUAD. Ana M; ALMEIDA, J.R.; SANTHIAGO, R. História pública no Brasil: sentidos e itinerários. São Paulo: Letra e Voz, 2016.

ROVAI, Marta G.O. Historia pública: la comunicación y la educación histórica. Hachetetepe, Cádiz, Espanha, n.14, may 2017, p.13-26.

SANTHIAGO, Ricardo. História pública e autorreflexividade: da prescrição ao processo. Tempo e Argumento. Florianópolis. v. 10, n. 23, jan./mar. 2018, p. 286 ‐ 309.

SANTHIAGO, Ricardo; BORGES, Viviane; MAUAD, Ana M. Que história pública queremos? São Paulo: Letra e Voz, 2018.

 

ST 11 - CRIME(S), CONTRAVENÇÕES E VIOLÊNCIA(S) ATRAVÉS DOS PROCESSOS JUDICIAIS: NOVAS ABORDAGENS HISTORIOGRÁFICAS

Coordenação: Dra. Leticia Souto Pantoja (Unifesspa); Dra. Marilza Sales Costa (Unifesspa)

Local: A1 15 da Faculdade de Direito -  FD

A discussão da violência, do crime e da criminalidade têm sido foco de interesse de diversos agentes produtores de discursos, dentre os quais destacam-se: a imprensa, os órgãos públicos de poder, as organizações não governamentais e as próprias instituições acadêmicas.

Tais segmentos preocupam-se, principalmente, com a imagem projetada sobre o Brasil como sendo um país violento, marcado pela criminalidade e constituído por uma população frágil e propensa ao crime.

Esses fenômenos têm marcado não só as últimas décadas após a redemocratização do país, mas podem ser identificados em outros períodos históricos, destacando-se a primeira metade da República, quando a nação vivenciou profundas mudanças de organização política, legislativa e judiciária, as quais sustentaram ações de controle e criminalização de sujeitos e práticas.

Nesse contexto torna-se relevante conhecer os estudos e pesquisas que procuram descortinar esses processos históricos e as abordagens metodológicas que utilizam as fontes judiciais.

Portanto, este GT se justifica em virtude do crescente interesse de pesquisadores de múltiplas áreas, por temáticas que discutem a ocorrência da(s) violência(s) ao longo da História do Brasil republicano; destacando-se os trabalhos que primam por investigar o(s) crime(s), o(s) perfil(s) criminoso(s), a(s) vítima(s) e as violências traduzidas nos discursos contidos nos processos judiciais criminais e cíveis. Questões relacionadas à violência contra crianças, crimes contra os costumes e a honra, crimes contra a vida, destacando-se o homicídio, dentre outras tipologias penais; além de debates envolvam a violência no mundo do trabalho, interessam particularmente as discussões que serão empreendidas nesse GT.

Nesse sentido, pretende-se reunir trabalhos de caráter interdisciplinar, que utilizem como fonte de pesquisa a documentação judiciária, mas também policial, compreendida por processos criminais, processos cíveis, boletins de ocorrência, inquéritos policiais, legislações e laudos.

 

Bibliografia:

ADORNO, S. Cidadania e administração da justiça criminal. In: Anpcs/Ipea, O Brasil no rastro da crise.São Paulo, Anpocs/Ipea/Hucitec, pp. 304-327, 1994

BOURDIEU, P. Gostos de Classe, Estilos de Vida. In: ORTIZ, Renato (org.). Pierre Bourdieu. São Paulo: Ática, 1983.

———————— . O Poder Simbólico. Coleção Memória e Sociedade. Rio de Janeiro: Editora Bertrand Brasil S/A, 1989.

CAMARGO, A. M. Política Arquivística e Historiografia no Judiciário: palestra proferida no I Seminário de Política e Memória Institucional e Historiografia. Justiça & História, Porto Alegre, v. 3, n. 5, 2011, p. 327-334.

CAMPOS. P. F. de S. A preservação de documentos provenientes do Poder Judiciário. Revista de Ciências Jurídicas e Sociais da UNIPAR, v. 4 n. 1, 2001. Disponível em: <http://revistas.unipar.br/ juridica/article/view/1255>. Acesso em: 06 mai. 2018.

CHALHOUB, S. O conhecimento da História, o Direito à Memória e os Arquivos Judiciais. In: Curso de Formações de Multiplicadores em “Políticas de resgate, preservação, conservação e restauração do patrimônio histórico da Justiça do Trabalho no Rio Grande do Sul”. Porto Alegre, 2005. Disponível em: <http://iframe.trt4.jus.br/portaltrt/htm/memorial/index.htm>. Acesso em: 2 maio 2018.

CHALHOUB, Sidney. Trabalho, Lar e Botequim. O cotidiano dos trabalhadores no Rio de Janeiro da Belle Époque. São Paulo: Brasiliense, 1986.

CHARTIER, R. A História Cultural: Entre Práticas e Representações. Lisboa:DIFEL, 1990. COELHO, E. C. “A administração da justiça criminal no Rio de Janeiro: 1942-1967”.

FOUCAULT, Michel. A verdade e as formas jurídicas. (trad. Roberto Cabral de Melo Machado, Eduardo Jardim Morais). 3ª.ed. Rio de Janeiro: PUC/RJ, Depto. Letras: Nau, 2009.

GROSSO, Carlos Eduardo Millen. Cotidiano do amor em Porto Alegre: disputas sobre honra, sexualidade e relações afetivas nos processos de defloramento (1890-1922). Florianopolis, SC: UFPR, 2014. Tese de Doutorado.

Guinzburg, Carlo. O inquisidor como antropólogo. In: Revista Brasileira de Historia: São Paulo.v.1, n.21, set/fev, 90/91, p.9/20.

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SOARES, G. A. D. Os homicídios como fenômenos sazonal.. Criminologia. Ciência Hoje. Vol. 33. no 194. Rio de Janeiro. 2008.

SODRÉ, E. L. de V. Crimes semelhantes, réus e penas diferentes: uma análise sobre a justiça brasileira a partir de processos crimes julgados no tribunal da relação de Porto Alegre, 1874-1889. In: Mostra de Pesquisa do Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul. Produzindo História a partir de Fontes Primárias, Porto Alegre: Corag., 2007. p. 271-284.

TEDESCO, J. E. Os arquivos judiciais e o Poder Judiciário do Rio Grande do Sul. Justiça & História, Porto Alegre, v. 3, n. 6, 2005, p. 299-313.

ST 12 -  EXPLORAÇÃO E OPRESSÃO DE GÊNERO, RAÇA SEXUALIDADE NO BRASIL: UMA ANÁLISE DOS ELEMENTOS HISTÓRICOS E RELAÇÕES HETEROPATRIARCAIS 

Coordenação: Professora Doutora Hayeska Costa Barroso (UnB); Professora Doutora Maria Elaene Rodrigues Alves (UnB) e Professora Doutora Valdenízia Bento Peixoto (UnB)
Local: Sala de Reuniões do Departamento de Serviço Social - SER

Pretendemos no Simpósio Temático debater os traços que perpassam a formação sócio histórica da sociedade brasileira, tendo o patriarcado, o racismo e o capitalismo como centrais nas relações de opressão, exploração e na violência contra as mulheres, negros/as, indígenas e LGBTs. O contexto atual reedita velhas e novas formas de violência que são típicas do conservadorismo brasileiro, muitas vezes, comumente manifestado no machismo, no racismo, na xenofobia, na homofobia como particularidades das lutas de classes no país. Essas manifestações da violência são perpetradas cotidianamente naqueles/as que rompem que com os padrões de gênero e de sexualidade e que, em alguma medida, não correspondem ao padrão de branquitude, mantendo um elo com a formação sócio-histórica brasileira, cuja origens rementem à história de um país de economia predominantemente escravagista e de produção colonial. Nesse sentido, analisar as relações de exploração e opressão patriarcal de gênero, raça e sexualidade no Brasil nos remete a reconhecer o caráter interseccional com que tais opressões se manifestam, bem como apreender seus componentes históricos e estruturais na sociedade brasileira contemporânea.

Bibliografia:

BUTLER, Judith. Quadros de guerra: Quando a vida é passível de luto? Tradução Sérgio Tadeu de Niemeyer Lamarão e Arnaldo Marques da Cunha, revisão de tradução de Marina Vargas; revisão técnica de Carla Rodrigues. 3 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2017b.

______. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Tradução Renato Aguiar. 7 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014.

CISNE, Mirla & SANTOS, Silvana M. de M. Feminismo, diversidade sexual e Serviço Social. São Paulo: Cortez, 2018. (Biblioteca básica de serviço social, v. 8).

FOUCALT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Tradução de Raquel Ramalhete. 40 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.

______. História da sexualidade I: A vontade de saber. Tradução de Maria Thereza da Costa Albuquerque e J. A. Guilhon Albuquerque. 14 ed. Rio de Janeiro: Edições Graal, 2001.

HIRATA, Helena. Gênero, classe e raça: Interseccionalidade e consubstancialidade das relações sociais. Tempo Social, revista de sociologia da USP, v. 26, n. 1, junho de 2014.

SAFFIOTI, Heleieth. Gênero, patriarcado e violência. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2004.

ST 13 - O PAPEL DOS INSTITUTOS FEDERAIS NA FORMAÇÃO EM HUMANIDADES
E LINGUAGENS: PESQUISAS, EXPERIÊNCIAS E PERSPECTIVAS.

Coordenação: Profª. Dra. Tatiana de Macedo Soares Rotolo, Profº. Dr. Thiago de Faria e Silva, Profª. Ms. Ana Luiza de França Sá.

Local: Sala do Programa de Pós-Graduação da Geografia, módulo 23, subsolo ICC Norte.

Após pouco mais de 10 anos da lei 11.892/2008 e da criação dos Institutos Federais, este simpósio temático pretende contribuir para uma reflexão sobre esse momento histórico decisivo na centenária trajetória da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (RFEPCT), criada em 1909. Desde então, a Educação Profissional no Brasil passou por diferentes concepções e momentos históricos. Com os Institutos Federais, expandiu-se tanto territorialmente quanto em seus objetivos e desafios, com inúmeros cursos técnicos e superiores, do Ensino Médio à Pós-Graduação, incluindo a Educação de Jovens e Adultos (EJA) como uma tarefa importante da Educação Profissional. Com o objetivo de refletir sobre essa trajetória de expansão e pensar caminhos para o presente e o futuro, este simpósio almeja reunir pesquisas realizadas nos Institutos Federais e pelos Institutos Federais nas áreas de Humanidades e Linguagens em uma perspectiva transversal e interdisciplinar. Ele é proposto pela Pós-Graduação lato sensu em Ensino de Humanidades e Linguagens do IFB (Campus Riacho Fundo) e tem como objetivo reunir pesquisas, compartilhar experiências e contribuir para fomentar reflexões sobre as perspectivas de futuro das Humanidades e Linguagens nesse universo denso, diversificado e instigante dos Institutos Federais. 

 

Bibliografia:

PACHECO, Eliezer. Institutos Federais: uma revolução na educação profissional e tecnológica. São Paulo, Moderna, 2011.

FRIGOTTO, Gaudêncio; CIAVATTA, Maria. Educar o trabalhador cidadão produtivo ou ser humano emancipado? Trab. Educ. Saúde, Rio de Janeiro, v. 1, n.1 mar, 2003.

DICKMANN, Ivo; PERTUZATTI, Ieda; FRIGOTTO, Gaudêncio. CURRÍCULO INTEGRADO, ENSINO MÉDIO TÉCNICO E BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR: ENTREVISTA COM GAUDÊNCIO FRIGOTTO. Revista e-Curriculum, São Paulo, v.15, n.3, p. 871 – 884 jul./set.2017.

ARAUJO, Adilson Cesar Araújo; SILVA, Cláudio Nei Nascimento da (orgs.) Ensino médio integrado no Brasil: fundamentos, práticas e desafios. Brasília, Ed. IFB, 2017.


Pró-Reitoria de Ensino – IFB. RELATOS de Experiências Integradoras Exitosas. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília, Pró-Reitoria de Ensino. Ano 3, n. 3 (jan./dez. 2018). Brasília, DF: Editora IFB, 2018.

FEIJÓ, Glauco; SILVA, Thiago de. Ensino e Pesquisa em História e Humanidades nos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia: Desafios e Perspectivas. Brasília, Ed. IFB, 2017. Disponível em: revistaeixo.ifb.edu.br/index.php/editoraifb/article/view/483/253

RODRIGUES, Maria Emilia de Casto; MACHADO, Maria Margarida (org.). Educação de Jovens e Adultos Trabalhadores: produção de conhecimento em rede. Curitiba, Apris, 2018. 

ROTOLO, Tatiana; PIMENTEL, Giuliane; SILVA, Thiago de Faria e. SABERES CRÍTICOS: o potencial do ensino de humanidades na formação do cozinheiro profissional. Revista Eixo, v. 8, p. 1, 2019.

SILVA, Caetana Juracy Resende (Org.). Institutos Federais: Lei 11.892, de 29/12/2008; Comentários e Reflexões. Brasília, DF, Editora do IFRN, 2009.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 54° edição. Rio de janeiro: paz e Terra, 2014.

FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1967.

FERRETTI, Celso João. PROBLEMAS INSTITUCIONAIS E PEDAGÓGICOS NA IMPLANTAÇÃO DA REFORMA CURRICULAR DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO NO IFSP. Educ. Soc., Campinas, v. 32, n. 116, p. 789-806, jul.-set. 2011

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